quarta-feira, 8 de junho de 2011

Susannah C.Litvac - 6F - n 29 - Esculturas Gregas e Romanas
Escultura Grega
A escultura da Grécia Antiga usualmente se refere às obras criadas na Grécia entre os períodos Dedálico (c.650-600 a.C.), quando a arte grega começou a formar um estilo próprio original, e a era Helenística, que durou até cerca de 100 a.C., quando o país já estava sob domínio romano.

Eu e meu pai no Metropolitan Museum

Os primeiros escultores gregos fizeram trabalhos simples, mas aprenderam aos poucos a fazer figuras realistas, estilo que foi copiado até o fim do século XIX. Houve três períodos de destaque na escultura grega: a escultura arcaica, a clássica e a helenística.
Durante o período arcaico, as estátuas gregas tinham uma visível influência dos padrões estéticos egípcios. Nessa fase, muitas estátuas eram construídas para homenagear a vitória de algum atleta ou o feito de algum soldado heroicamente morto no campo de batalha. Do ponto de vista estético, as estátuas do período arcaico tinham uma postura bastante rígida e o rosto não sinalizava expressão alguma.
No período clássico temos o auge do desenvolvimento no campo da escultura. As formas ganham um tom mais realista ao explorar de forma mais apurada o movimento, o volume e as proporções. Comparado ao período anterior, a capacidade de reprodução do corpo humano e das vestimentas ofereciam maior expressividade às obras. Nessa época, destacamos o trabalho do escultor Fídias (490 – 430 a.C.), que embelezou Atenas com várias estátuas e monumentos.
O último período denominado helenístico demarca a trajetória da escultura grega que se desenvolveu ao longo da dominação macedônica. Nesse momento, o contato com outras culturas e o gosto do imperador Alexandre pelo desenvolvimento das expressões artísticas abriu caminho para possibilidades estéticas bastante complexas. Além de preservar as medidas harmoniosas, a escultura desse período também se preocupou em reproduzir os sentimentos humanos, como o medo, a dor e a angústia.

Estátua feminina grega - Metropolitan

A necessidade de proteger as estátuas das divindades da ação do tempo levou ao surgimento dos primeiros templos gregos. O templo era construído somente para abrigar as estátuas dos deuses, e não para acomodar os fiéis, já que praticamente todas as cerimônias religiosas eram realizadas ao ar livre, em altares especialmente preparados para cada evento.
Os gregos tinham o costume de utilizar as suas expressões artísticas como meio de falar sobre a composição de seus valores religiosos. Os templos eram marcados por um visível arranjo arquitetônico e as várias esculturas representavam as formas de várias divindades gregas. Entre outras características, os gregos tinham uma grande preocupação em privilegiar conceitos que primavam pela interação entre o equilíbrio, a beleza e a simplicidade.
Os principais mestres da escultura clássica grega são:
- Praxíteles, celebrado pela graça das suas esculturas, pela lânguida pose em “S” (Hermes com Dionísio menino), foi o primeiro artista que esculpiu o nu feminino.

Esculturas de márrmore

- Policleto, autor de Doríforo - condutor da lança, criou  padrões de beleza e equilíbrio através do tamanho das estátuas que deveriam ter sete vezes e meia o tamanho da cabeça.
- Fídias, talvez o mais famoso de todos, autor de Zeus Olímpico, sua obra-prima, e Atenéia. Realizou toda a decoração em baixos-relevos do templo Partenon: as esculturas dos frontões, métopas e frisos.

- Lisipo, representava os homens “tal como se vêem” e “não como são” (verdadeiros retratos). Foi Lisipo que introduziu a proporção ideal do corpo humano com a medida de oito vezes a cabeças.
- Miron, autor do Discóbolo - homem arremessando o disco.

Os materiais

A maior parte das obras gregas que chegou aos dias de hoje é feita em pedra, especificamente o mármore branco. Nos primórdios da sua cultura foi usada madeira e também a terracota, que perdurou por mais tempo. O bronze foi largamente empregado a partir da fase clássica, bem como ocasionalmente se fez uso de marfim, ouro, pedras nobres e outras matérias-primas.

Escultura Romana
Os romanos fizeram as suas primeiras estátuas de argila utilizando a técnica de terracota, que foi aprendida do povo rival etrusco. Os etruscos dominaram por um curto período de tempo os romanos até que estes os conquistaram e puderam ampliar seu domínio levando a civilização romana para outras regiões. Ao conquistarem a Grécia, a arte da escultura floresceu. O estilo de escultura romana é fortemente influenciado pelo estilo grego – os romanos viram o que os gregos estavam fazendo, gostaram e passaram a imitar.
Busto de Catão
Às vezes é difícil distinguir uma escultura grega da romana, mas existem características que fazem com que a escultura romana seja distinta. Os romanos era realistas enquanto que os gregos eram idealistas. A escultura grega procurava retratar a versão perfeita de um deus, deusa ou heroi. A escultura romana buscava retratar as pessoas ou situações  de forma mais realista. Por exemplo, uma escultura com rugas ou expressão de uma pessoa que você pode encontrar na rua provavelmente será uma escultura romana e não grega. A fonte para o realismo das esculturas romanas reside na crença de que ao retratar fielmente uma pessoa numa escultura isso contribuiria para a sua imortalidade após seu falecimento.Um retrato fiel tinha o poder de apaziguar o espírito do morto e assim proteger os vivos. Essa crença criou uma forte demanda por esculturas funerárias de figuras públicas e de cidadãos comuns. Entre os tipos de esculturas funerárias  estão os bustos ou estátuas das pessoas e também os sarcófagos, estruturas no formato de caixões.

A escultura romana também teve o papel de relações públicas e de publicidade. Numa sociedade sem jornais e fotografias, as esculturas públicas serviam como importante fonte  de informação e comunicação. Uma grande variedade de esculturas retratando batalhas e feitos heróicos atenderam a necessidade da população de se informar sobre as conquistas realizadas pelos exércitos romanos. Arcos e paredes de prédios públicos eram decorados com grandes esculturas feitas em mármore ou bronze utilizando o estilo de baixo relevo. Essa forma de arte é uma das formas da escultura romana que permaneceram até hoje. Os imperadores romanos,  seus familiares e suas realizações  também foram muito retratados, indicando assim a grande importância que possuíam na época. Muitas das esculturas dos imperadores romanos eram de tamanho maior que o natural e algumas possuíam olhos de vidro ou pedras, que era uma forma de passar uma ilusão de realidade  e de infalibilidade do retratado.
Gladiadores romanos
Com o passar dos anos, a escultura romano tornou-se cada vez mais teatral. Ao final do Império Romano eram mais comuns as imagens de violentas batalhas ou cenas dos combates entre gladiadores. Aos poucos a temática da nova religião que começa a surgir, o cristianismos começa a aparecer nas esculturas, mas tinham um caráter mais privado de uso.

Estátua de Pan,
assinada por M. Cossutius Cerdo

Independentemente dos assuntos retratados, a maioria dos autores são desconhecidos. Sabe-se que muitos deveriam ser escravos gregos que foram capturados e levados para Roma, mas que não assinavam seus trabalhos. Entre as poucas peças assinadas, estão as famosas esculturas de mármore do deus Pan, que contém a assinatura de um homem chamado M. Cossutius Cerdo. Esse nome é aparentemente grego, mas o fato dele conter três partes indica que ele foi um escravo que conquistou sua liberdade.

Durante o período denominado Renascimento, houve a redescoberta dos ideais clássicos romanos, o que levou artistas de toda Europa a irem para Roma estudar as ruínas do período do Império Romano, ajudando assim a difundir as técnicas utilizadas naquele período.

Fontes:







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